ZPE reduz em até 60% custo de produção, aponta estudo

Por Lucas Marchesini | De Brasília

As Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) são o melhor regime tributário para aumentar a produtividade do produto brasileiro no exterior, segundo estudo divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.O produto processado em uma ZPE pode ficar até 60% mais barato do que o manufaturado fora dele. As empresas instaladas em ZPEs não pagam impostos nas compras de insumos e máquinas, feitas no Brasil ou no exterior.

Apesar das vantagens da ZPE, apenas uma delas, a de Pecém (CE) está instalada e pronta para funcionar. Para o secretário-executivo do Conselho Nacional das ZPEs, Gustavo Saboia, "falta informação" para o incentivo tributário deslanchar. "É preciso discutir, explicar o modelo, para que ele chegue para um público mais amplo", disse.

O incentivo tributário que mais se aproxima de uma ZPE é o drawback, que elimina os tributos incidentes nos insumos importados usados na fabricação de bens para exportação. A diferença é que a ZPE é "muito mais simples", diz Christiano Lobo, diretor-executivo da Legitimus, empresa de consultoria que elaborou o estudo.

Para se beneficiar dela, basta a empresa estar na ZPE. Já para o drawback, é necessário especificar produto a produto. O resultado é que "as empresas utilizam o drawback apenas para os principais produtos que exportam", afirma Lobo.

Segundo Saboia, o governo não estuda a privatização das ZPEs. Como são ligadas a prefeituras ou governos estaduais, cabe a esses entes tomarem a decisão pela concessão à iniciativa privada.

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Governo pretende atrair indústrias para regime tributário das zonas de Processamento de Exportação

04/09/2013 - 18h37

Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A compra de insumos por meio do regime tributário das zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) pode sair de 30% a 50% mais barata na comparação com outros regimes aduaneiros, segundo estudo divulgado hoje (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Com os dados, obtidos a partir da análise de 147 produtos comercializados em 20 estados que terão ZPEs instaladas, o governo pretende atrair a indústria para o regime. Apesar de ter sido criado há 25 anos, a primeira ZPE foi inaugurada este ano, em Pecém (CE).

As ZPEs são áreas de livre comércio exterior, onde empresas recebem benefícios administrativos e tributários. A figura das zonas de processamento foi instituída pelo Decreto-Lei n° 2.452, de 1988. Atualmente, seu funcionamento é regulamentado pela Lei n° 11.508/2007. Hoje, existem 24 zonas oficialmente criadas distribuídos por 20 estados, mas apenas a de Pecém está instalada, desde o dia 30 de agosto. A área tem estrutura administrativa e de alfândega construída. Também está em construção no local a Companhia Siderúrgica do Pecém, da Vale e dos grupos coreanos Dong Kuk Steel e Posco. O investimento será US$ 5 bilhões na primeira fase e US$ 9 bilhões na segunda.

O secretário executivo do Conselho Nacional das ZPEs, Gustavo Fontenele, informa que também há projetos industriais para as zonas de processamento de Parnaíba (PI) e Senador Guiomard (AC). As duas áreas ainda necessitam de autorização do conselho para a instalação e funcionamento. A solicitação de criação de uma ZPE é ser feita a esse colegiado por um representante do poder público da região interessada. Depois, também cabe aos governos locais atrair investimentos para as áreas. Para Fontenele, o estudo divulgado hoje pelo ministério facilitará a negociação.

“A importância é que pela primeira vez um estudo oferece comparativos de carga tributária entre regimes. Quando se for tratar com industriais, teremos dados para mostrar. Se as empresas instalarem unidades industriais em ZPEs, vão ter ganho de competitividade”, disse. A análise envolveu produtos ligados a sete setores industriais. São eles metalurgia, petróleo e combustíveis, eletrônicos, alimentos e bebidas, vestuário e calçados, metais e pedras preciosas e produtos de madeira. Os critérios para escolher os setores estudados foram sua presença nos projetos apresentados ao Conselho das ZPEs e o potencial para a exportação.

Para ajudar o regime a engrenar, o governo brasileiro estuda alterar a legislação relativa às ZPEs. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, disse que a exigência de que 80% do faturamento sejam em exportações para uma empresa ser habilitada é considerada alta e pode ser reduzida. Segundo Pimentel, também é avaliada a criação de ZPEs setoriais, de acordo com a vocação econômica de cada região.  O governo também apoia o modelo de gestão privada para as zonas, que deve ser decidido pelos estados e municípios. Atualmente quatro das 24 ZPEs têm gestão privadas. Elas se localizam na Bahia, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Minas Gerais. Além disso, é discutida no Congresso Nacional a inclusão do setor de serviços como habilitado aos benefícios das áreas.

Edição: Fábio Massalli // matéria atualizada às 18h47 para acréscimo de informação

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Aviso de Pauta - CZPE lança estudo tributário comparado sobre zonas de processamento de exportação

Brasília (3 de setembro) - Será lançado hoje (4/9) no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio exterior (MDIC), em Brasília, a publicação:  “Zonas de Processamento de Exportação: Estudo Tributário Comparado”. A apresentação dos dados será feita a partir das 14h00,  durante a Terceira Reunião com os Administradores das Zonas de Processamento de Exportação (ZPE), que será aberta à imprensa. Elaborado pela Legitimus, o estudo é uma ferramenta de análise do tratamento tributário aplicado às empresas instaladas em ZPE em comparação com outras modalidades de regimes tributários.

Foram analisadas informações referentes a produtos de sete setores industriais: metalurgia, petróleo e combustíveis, eletrônicos, alimentos e bebidas, vestuário e calçados, metais e pedras preciosas e produtos de madeira. Os critérios para escolher os setores investigados foram sua presença nos projetos e propostas já apresentadas ao CZPE e o seu potencial exportador. A íntegra do relatório estará disponível para download na página do MDIC na internet.

Serviço:

Evento: Lançamento da publicação “Zonas de Processamento de Exportação: Estudo Tributário Comparado”.
Data: 4 de setembro (quarta-feira).
Local: Sede do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Esplanada dos Ministérios, Bloco J, sala 622, Brasília.
Horário: 14h00.

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